Backup, backup – és mesmo preciso?

Apesar de não ser uma pro em informática, considero-me bastante entendida do ponto de vista do utilizador. Mas há dias menos bons, em que os espíritos malévolos devem estar a espreitar atrás da porta e, desta vez, foi da minha porta. E, neste Dia Mundial do Backup, não podia deixar de contar o que me aconteceu na 6ªfeira passada, para que tenham cuidado e para que também não vos aconteça o mesmo.

A História

Sendo eu uma rapariga organizada, tinha uma pasta com toda a informação do blog (fotografias, planeamento de publicações, logotipos, vetores,…) arrumadinha por data de publicação. Mas, em vez de ter essa pasta nos documentos, a pasta estava no Ambiente de Trabalho. Estava lá temporariamente porque o meu One Drive já estava a ficar com pouco espaço, mas a verdade é que estava lá. Quis apagar dois documentos do Ambiente de Trabalho e sem me aperceber apaguei também a pasta do blog. Até aqui tudo pacífico (podemos recuperar o que está na pasta da Reciclagem), se não me tivesse lembrado de limpar a Reciclagem. E, assim, perdi a minha pasta porque não me apercebi logo de imediato do que tinha acontecido e, mesmo tendo um marido informático que veio em meu auxílio, já tinha havido escrita de dados por cima daqueles e gone!

A boa notícia é que tinha as fotografias originais noutro computador, tal como os vetores e os logotipos. Mas o meu arquivo organizadinho, perdeu-se. Claro que, entretanto, já criei uma nova pasta nos Documentos do meu computador e dupliquei-a para o outro PC, onde já tinha em backup as fotos e os logos. E vou tentar todos os dias ao fim do dia passar as alterações para o backup.

1ª conclusão:

não devemos ter demasiados ícones no nosso Ambiente de Trabalho, ou melhor, pastas. O Ambiente de Trabalho foi feito para ter atalhos, não é um sítio de arquivo.

2ª conclusão:

(ainda mais importante do que a 1ª): façam backup dos vossos ficheiros. Sejam documentos de Word, sejam fotografias. Guardem-nos em mais do que um local.

Se eu não tivesse as fotos originais e todo o branding do blog arquivado noutro computador, tinha perdido tudo… Nem quero imaginar o que seria se isso acontecesse, por exemplo, com as fotos dos meus filhos… Mas o backup é importante não só quando acontecessem desatenções como esta que vos contei…

Como podemos perder os nossos dados

• Numa desatenção, como a minha, podemos apagar pastas e/ou documentos sem nos apercebermos;
• Mesmo tendo um bom anti-vírus não estamos livres de que o nosso PC seja infetado e fiquemos sem todos os dados que lá temos;
• Também não estamos livres de sofrermos um ataque pirata e ficarmos com os nossos dados sequestrados;
• O PC pode avariar (porque são máquinas e avariam) ou pode acontecer um acidente e de algum modo deixar de funcionar;
• Os nossos miúdos podem fazer magia negra e lá se vão dados preciosos.

O que é um Backup

O backup não é mais do que uma cópia de segurança dos dados que queremos guardar. Continuamos a ter os dados no dispositivo com que trabalhamos normalmente, mas temos esses dados duplicados noutro dispositivo. Em caso de acidente no dispositivo que normalmente usamos, os dados estão seguros no outro.

Como podemos fazer um Backup

• Conforme o tamanho dos dados que precisamos guardar, podemos armazenar os dados numa pen. É bastante prático e há com várias capacidades de armazenamento e de todos os tamanhos e feitios. Eu tenho, por exemplo, uma que dá para colocar no porta-chaves e anda sempre comigo. No entanto, há a questão da segurança pois como é pequena facilmente se pode perder. Se a perdermos, facilmente terceiros podem ter acesso aos nossos dados pessoais.
• Podemos também guardar num disco externo HD. Primeiramente, tem a vantagem de ter uma grande capacidade de armazenamento, de se ligar facilmente por USB a qualquer PC e de se poder até guardar num cofre. É, normalmente, a opção mais utilizada por ter um bom equilíbrio na relação preço vs. capacidade vs. facilidade de utilização.
• Um NAS (Network Attached Storage) também pode ser uma boa opção. Apesar de ter custo mais elevado, é uma opção muito mais prática, especialmente se tiverem vários computadores em casa. Isto porque está ligado à rede de casa e desta forma todos os dispositivos podem aceder ao mesmo tempo, ao contrário de um disco USB.
• A Nuvem também pode ser uma boa opção. Não falo aqui de metereologia, é mesmo de alojamento dos ficheiros em datacenters remotos, onde os nossos dados ficam seguros em servidores que operam em ambientes controlados e com todas as condições de segurança. Nestes serviços temos, por exemplo, o Onedrive, o Dropbox, o Google Drive, entre outros. A escolha é vasta.

E vocês, têm o hábito de fazer backup? Como guardam aqueles dados que vos são mais preciosos? Já algumas vez pensaram o que fariam se os perdessem?

E não se esqueçam, Edward E. Murphy, um engenheiro aeroespacial norte americano, formulou a lei mais verdadeira da natureza, “Qualquer coisa que possa correr mal, correrá mal, no pior momento possível.” Apliquem isto aos vossos dados: quanto maior for a importância dos dados, maior será a probabilidade de os virem a perder.

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