Todos os dias estamos online e cada vez mais a tecnologia faz parte da nossa vida. Não há como negá-lo. A pandemia veio acelerar o desenvolvimento tecnológico em muitos anos e cada vez mais cedo e com mais facilidade as crianças acedem à Internet. A Internet facilita a nossa comunicação, a aprendizagem e até o nosso dia-a-dia (quem ainda não é fã das Compras Online?). No entanto, nem tudo é positivo e devemos desde cedo explicar às crianças os perigos que dali podem advir, como se podem proteger e como se devem comportar com segurança na Internet.
Como contei no artigo “Fortalecer os Laços Familiares”, cá em casa conseguimos criar um um espaço, onde temos todos os computadores da casa e assim conseguimos ver o que os miúdos fazem online. Somos uma família bastante ligada à tecnologia. O Hugo é informático e eu também tenho bastante gosto pela área. Assim, decidimos cedo dar computadores aos nossos filhos. No entanto, conhecendo bem o lado bom, mas também o lado mais nefasto da Internet, tivemos alguns cuidados para que conseguissem tirar o melhor proveito de estar online.
Explicar os prós e os contras da Internet
É importante explicar aos mais pequenos que a Internet tem um lado bom e um lado negativo. Sem stresses ou medos, eles devem saber que também há pessoas más do lado de lá do monitor e que se devem proteger para que possam estar online sem problemas.
Não divulgar passwords ou dados pessoais
É muito importante explicar aos mais pequenos o que é uma palavra-passe, a importância que tem num computador e que nunca deve ser divulgada. É algo pessoal e intransmissível. E também as consequências que podem acontecer se a partilhar.
Adicionalmente, os dados pessoais nunca devem ser partilhados com terceiros, coisas simples como o número de telefone ou morada, não devem ser nunca partilhados e deve ser explicado calmamente o porquê e as consequências que poderão vir desta partilha.
Partilha de Vídeos e Fotos
Outro aspeto muito importante que os mais novos têm de saber é que não devem partilhar vídeos seus ou da família nem fotografias, com desconhecidos na Internet. Devem saber que mesmo que pareça algo inocente, há pessoas que podem ter ações muito negativas com essa partilha.
Existe uma tendência crescente de crianças que partilham fotos, serem, posteriormente, chantageadas a fornecer mais fotos, na maior parte das vezes explicitas, entrando numa espiral sem fim. É importante explicar que estas situações acontecem e mentalizar as crianças, que os pais são o seu suporte e irão ajuda-los a sair deste tipo de situação, evitando as ameaças ou represálias por estes factos terem acontecido.
Acesso a sites de conteúdo adulto
É possível evitar que os mais novos visitem sites menos próprios através de de softwares apropriados como o Cyber Nany, Safe Search , entre outros.
Estes programas, que funcionam uns como extensão do navegador, outros como aplicação no PC, protegem por exemplo que o teu filho/filha pesquisem na Internet conteúdos adultos ou que numa pesquisa, acidentalmente, lhe sejam apresentados conteúdos impróprios.
Vigiar o uso
Devemos monitorizar o uso do computador. Podes não conseguir estar no mesmo espaço ao mesmo tempo que a criança está online, no entanto, deves ir verificando de tempos a tempos. Não devemos considerar isto como uma invasão de privacidade, mas antes como uma atitude de proteção.
Bullying
O bullying online é cada vez mais uma realidade. Por detrás do monitor, pensa-se ser outro e ter menos responsabilidade do que presencialmente, e muitos fazem o que não fariam frente a frente. Quase como se a vida online fosse dissociada da vida real. No entanto, não é. E devemos explicar às crianças que aquilo que não fazem na escola, também não devem fazer na Internet. Falar mal dos amigos, lançar rumores, propagar fotos falsas,… Por outro lado, temos de os mentalizar para que se forem alvo de insultos ou bullying, devem falar connosco para que os possamos ajudar.
Definir horário de utilização
No entusiamo dos jogos, da visualização dos vídeos ou das conversas com os amigos é fácil os jovens perderem a noção do tempo que estão em frente a um monitor. É, por isso, importante definir horários e dias em que podem estar no computador. A utilização de, por exemplo, o Microsoft Family permite que os pais possam receber um relatório semanal do tempo despendido pelos filhos em cada aplicação e no total, torna-se fácil saber ao certo o tempo que passam no computador, em vez de ser apenas aquela vaga ideia de que já lá estão há muito tempo.
Não abrir e-mails de origem desconhecida
Se têm caixa de e-mail criada, o mais provável é receberem e-mails que não interessam. Os jovens devem saber que muitos e-mails de origem desconhecida podem ter vírus associados e que não devem abrir os seus anexos ou carregar em links. A maioria dos programas de antivírus filtra este tipo de anexos, removendo-os, ainda assim é uma boa prática não abrir anexos de origens que não nos sejam familiares.
Evitar downloads
Os downloads devem ser feitos apenas de sites fiáveis e verificados. E devemos ter cuidado em relação a esta questão pois sem se aperceberem os mais novos podem fazer download de ficheiros menos bons.
O uso do Microsoft Family permite que só se instalem programas com a autorização do administrador. Assim, mesmo que a criança o tente fazer, não consegue concluir a ação sem a nossa supervisão.
Quais destas práticas já costumas usar? Partilha comigo, deixa comentário na caixa mais abaixo.
Até à próxima,
Irene
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