A vida atual é uma corrida sem fim. Os dias passam, as semanas voam e quando nos apercebemos o mês chegou ao fim. Temos tantos afazeres e queremos chegar a tantos sítios ao mesmo tempo que muitas vezes acabamos por sentir que não chegamos a sítio nenhum. Podemos, no entanto, criar hábitos e estratégias para conseguir ter uma vida mais organizada e, consequentemente, uma sensação de realização pessoal.
Talvez por gostar de ter as coisas controladas, ao longo do tempo, fui criando rotinas e hábitos que me ajudam a estruturar o dia-a-dia, mas também a manter a sanidade mental. Somos humanos, não super-heróis, como achamos muitas vezes ter de ser. Não temos de fazer tudo, mas se sentimos que temos mesmo muitas tarefas, então, devemos encontrar estratégias para que essas tarefas não sejam fardos demasiado pesados.
Criar hábitos e construir rotinas
Criar um hábito pode demorar. Mas serão esses hábitos saudáveis que te vão ajudar a ter uma vida mais organizada, tal como construir rotinas. Deves analisar quais os momentos do dia ou quais os aspetos da tua vida em que queres ter mais organização. As manhãs são caóticas porque tens de preparar pequenos-almoços, acordar e vestir as crianças, levá-las à escola e ainda chegar a horas ao trabalho? Cria uma rotina matinal (vê o artigo Como ter manhãs organizadas com crianças) e vais ver que tudo vai fluir muito mais facilmente. Por outro lado, se são os fins de dia que são complicados, entre banhos, jantares e preparar o dia seguinte, analisa e vê como podes criar a tua rotina.
Antecipar e planear as tarefas
Se queremos uma vida organizada e, consequentemente, mais calma, temos de antecipar as tarefas. Anotar as diferentes tarefas numa agenda ou num Bullet Journal (podes ver o meu aqui) e ter o hábito de ao fim do dia, ver o que está agendado para o dia seguinte, ajuda em muito a que tenhas a percepção do que vais necessitar para esse dia. Uma consulta com os miúdos? Sabes de antemão que tens de avisar a escola que a criança vai faltar e que tens de levar o caderninho azul/rosa para o médico.
Ser consistente
Gostavas de praticar exercício físico 5 vezes por semana. No entanto, não o consegues. Então, será mais sensato colocar como objetivo que só vais praticar 3 vezes por semana. É preferível ser consistente nos nossos hábitos e objetivos do que colocar objetivos demasiado perfeitos e que sabemos que não vamos conseguir atingir.
Ter um lugar para cada coisa
Definir o lugar de cada objeto ajuda-nos a ter a casa e a vida mais organizada. Em vez de andarmos a correr a casa sem saber onde colocamos o carregador do telemóvel, se criarmos um lugar para o ter sempre que não está na tomada, será muito mais fácil de o encontrar. Deves escolher locais mais à mão para os objetos que mais usas e mais escondidos para os que não usas tanto. Aqueles que não usamos de todo têm lugar fora de casa (deitar fora ou doar, conforme as condições).
Fazer listas
Já te disse em mais do que um artigo, que sou a “rapariga das listas”. Faço listas por tudo e por nada porque sinto que assim consigo colocar as ideias em ordem. E na realidade resulta. Se vou ao Ikea, faço uma lista de todos os produtos que quero comprar, se vou de férias, faço uma lista com todos os artigos que necessito levar.
Ter noção do tempo
Devemos ter noção do tempo que as tarefas que temos programadas ocupam para não termos dissabores ou agendarmos outra tarefa/atividade que se possa sobrepor. Devemos também dar sempre uma margem de tempo a mais, uma vez que imprevistos podem acontecer.
Saber as prioridades
Perceber quais as tarefas que são prioritárias é importante para que te consigas organizar e não entrar em desespero porque ainda não fizeste tudo o que querias fazer. A roupa tem de ser passada a ferro, mas é prioritário? Ou todos na casa ainda têm roupa para vestir nos dias seguintes? Ao definir prioridades, estás a organizar mentalmente o que é necessário fazer, sem o sentimento constante de que és o bombeiro, sempre de fogo em fogo.
Destralhar
Vivemos rodeados de objetos e se formos avaliar bem, não precisamos nem de metade deles. Viver com menos objetos ajuda a conseguirmos organizar melhor as nossas rotinas. Conheces a metodologia da Marie Kondo? É ótima para nos ajudar a analisar os objetos que temos e se, efetivamente, fazem sentido manter ou não.
Avaliar o progresso
Ter noção da nossa progressão (seja em que matéria for) é muito importante. Por isso, de tempos a tempos, precisamos de parar e avaliar: a minha casa está mais organizada com estes novos hábitos? Com as alterações que implementei consegui obter os resultados que pretendia? Se as respostas forem negativas, não desesperes. Vê o que está a impedir o progresso e faz novas alterações.
Tentar encontrar balanço na nossa vida
Talvez seja o hábito mais difícil de adquirir porque somos puxados constantemente para todos os lados: a vida profissional cada vez mais exigente, a família a que sentimos dever dar mais atenção, o tempo para nós mesmos cada vez mais escasso. Quantas vezes não ficamos a trabalhar noite dentro em detrimento de uma boa noite de sono ou não nos encontramos com os amigos porque temos tarefas domésticas em atraso? A realidade é que vamos aguentando no imediato, mas a longo prazo poderá acabar em situações de stress ou, mesmo, burnout. Não nos podemos esquecer da importância de ter tempo para nós, para estarmos com a família e amigos e de dormirmos as horas suficientes. Se estivermos no nosso melhor, também conseguiremos fazer as nossas tarefas melhor e estarmos mais organizados.
É claro que se já te sentes com demasiadas tarefas em mãos, a ideia de mudar hábitos e introduzir novas rotinas pode parecer mais uma tarefa cansativa. Mas não tem de ser. Não tens de aplicar estes hábitos todos de uma vez. Por exemplo, há algum tempo que a arrumação da roupa nas gavetas não me estava a agradar e resolvi adoptar um novo método de dobrar a roupa (podes ver aqui). Mas não o fiz em todas as gavetas ao mesmo tempo. Comecei pela gaveta das t-shirts do Hugo, passado algum tempo, alterei as dos miúdos e depois, as da minha roupa. Por fim, e depois de ver que aquele método funcionava realmente, mudei a gaveta dos panos da loiça. Por isso, não tens de te sentir assoberbada para mudar hábitos, faz as coisas um passo de cada vez e vais ver que funciona 😉
Tens já implementados alguns destes hábitos? Quais achas mais importantes? Deixa comentário na caixa mais abaixo.
Até à próxima,
Irene
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